
Não! Definitivamente Nós Não Somos Daqui e nem Viemos para
Ficar! Trazidos de Priscas Eras, Guardados no Corpo que Rejeitamos, Porque
Engraçadamente Fede e Dói; Demoramo-Nos à Desnecessária Aceitação do Vaso
que nos Cobre, Sobretudo; Quando o Assunto é a Observação Sistêmica do Carro Alheio e
Seus Adjetivos Carnais; Pois o nosso Desprezível Senso Estético Sempre Sugere
(e de Formas Desagradavelmente Equivocadas) que as Qualidades Exógenas das Vestes de Pele São Fundamentais para Nossa Felicidade; que Lamentavelmente Não Passa de Míseros 10
Segundos do Êxito Orgásmico! Antes Fosse Reprodutivo; ao Menos Assim, Pagaria o
Esforço de Acreditar no Quê (e Em Quem) Não É de Verdade! E nem Nunca Será!
Não! Definitivamente Nós Não Somos Daqui e nem Viemos para
Ficar! Condenados a Nascer com Sangue, a Viver com Suor e Morrer com Lágrimas;
a Vida Se Repete Infinitas Vezes, Até que Se Cumpra no Chão da Matéria Densa
que Encobre a Crosta, o Karma do Talião; o “Aqui Se Faz, Aqui Se Paga”!
Habitantes Convocados desse Lindo Planeta, Nós Pensamos que Esta Nave É Nossa Quando na Verdade Nós É que a Pertencemos e Mesmo Assim, Desgraçadamente Nós a Espoliamos na Injusta Simbiose dos Parasitas; Extorquindo os Nossos Irmãos
Menores de Carne e Devastando a Cobertura de Águas, de Ar e de Verdes que Nos
Foi Dada para a Sobrevivência e Prosperidade!
Não! Definitivamente Nós Não Somos Daqui e nem Viemos para
Ficar! Semeados pelos Nossos “Deuses Astronautas”, Pactuamos com o Metafísico
Barganhando Desejos Inócuos de Poder, de Ambição, de Ganância e de Lascívia!
Reproduzimos a Espécie sem Garantias de Sobrevivência e sem Critérios de
Melhorias Evolutivas, Pois Transferimos a Responsabilidade de Criar e Educar às
Instituições que Agregamos no Quê Chamamos de Cultura e Seguimos a Vida,
Mentindo-Nos a Nós Mesmos e Uns aos Outros; Sobretudo do Famigerado Medo da Morte
e da Certeza da Finitude Carnal!
O que Mais Me Admira Nisso Tudo, É a Imensa Capacidade de
Tolerar, de Aceitar, de Insistir e Persistir, de Semear, de Educar, de
Corrigir, de Cuidar, de Guardar, de Enviar, de Coletar e Colheitar e Principalmente de Perdoar
que o Nosso Pai Tem Conosco! E Tudo Isso Unicamente para que Nós Possamos
Reaprender o Que É Amar!
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