TEORIA DO AMOR GELADEIRA

O que Aconteceria Conosco se na Vida; como em nossa Casa; Nós Tivéssemos uma Geladeira? Seria Estranho! Estranho e Esquisito! De um Lado, Poderíamos Guardar a nossa Juventude para Congelar; para Não Perdemos a Tez Mas do Outro, os nossos Sonhos Congelados Não Seriam Concretizados! Como Polpa de Fruta, Nunca Seriam Suco; Jamais Seriam Degustados! Seria Bom Poder Conservar Alguns Sentimentos para Nutrirmos "a posteriori" como "Alimentos" Futuros Mas Alguns como a Paixão, que Amanteiga o "Pão" das Relações; Simplesmente Não Teriam Efeito! Quem neste Mundo Consegue Degustar uma Manteiga Congelada? Manteiga Só Presta no Ponto ou Derretida! Congelada Jamais! Carnes, como Pessoas Queridas que "Antropafagiamos" Cotidianamente; Seriam Conservadas Mas Perderiam Muito do seu Sabor e da sua Textura Sobretudo Aquelas que Amamos ou nos Amam! Precisaríamos de Muito Sal e Tempero para Disfarçar o Sabor Estranho dos Sentimentos Guardados Porque o Amor é "in natura" e é "in locu"! Não Pode Ser Conservado, é "pra" Hoje; é para o Agora! Substância Delicada, Efêmera e Fugaz, Não Pode Ser Fervido no Calor das Discussões Porque Estraga e Não Pode Nunca, Jamais; "Never" ser Posto numa Geladeira! Se Assim o Fizesse, Ficaria Congelado e Quando Você Retornasse à sua Geladeira Imaginária; Não Seria Mais Amor Porque Amor Não Se Guarda! Se Vive e se Consome, Todo Dia; como o Feijão Verde com Manteiga da Terra e Macaxeira; que se Gelar Fica Insosso! A Pior Parte da Geladeira das Emoções; Seria Você Guardar o Melhor dos seus Manjares, o Pudim tão Aguardado e ao Chegar, Perceber que Já Levaram! Como Aconteceu Comigo e o meu Bolo de Bacuri que Eu Guardei para o Amanhã que Nunca Houve! Esqueça a Geladeira! Não Queira Guardar Pessoas ou Sentimentos para o Amanhã! Porque como Tudo o que Vai para a Geladeira de um Jeito ou de Outro Sai e Só o que Fica Somos Nós a Nos Acusar Silenciosamente com a Solenidade Discreta dos Remorsos que o Problema do nosso Coração, Não é a Geladeira! É o Pinguim da Geladeira!